No dia 02/01/2010, cheguei no terminal rodoviário de Ilhéus onde busquei informações sobre o que estaria acontecendo em São Luiz durante estes dias. Li textos que me revelaram pouca coisa, não consegui acessar nenhuma imagem e embarquei de volta para o Vale do Paraíba.
Curioso esse negócio de viajar horas a fio com pessoas que você nunca viu e de repente criar uma cumplicidade! A cada parada do ônibus, que não foram poucas!, recebia mais uma informação e quando entrei no Estado de São Paulo já sabia de tudo o que havia acontecido! E compartilhei com meus colegas de viagem os fatos e a angústia que gerou em mim estas informações...
Foi quando cheguei em Taubaté, e me sentindo em casa e segura, me dei o direito de baixar a guarda, então chorei...
Cheguei em casa, sozinha, através do Fantástico, vi pela primeira vez a Igreja caindo, a cidade sob as águas e meus conterrâneos em desespero, com os sentimentos confusos entre a impotência e a vontade de reeguer cada tijolo caído!
Quando pude, fui lá pra encarar a realidade. Ainda bem que estava amparada por amigos queridos, porque foi duro ver todas as minhas referências indo por água abaixo!!!
Encaramos a realidade, limpamos a sujeira, abraçamos os sofredores...
E a reconstrução teve início...
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