segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Amor que vai (Alceu Valença)

Amor que vai, amor que vem
Amor foge e vai embora
Amor que leva seus teréns
Pra não ter motivo de voltar
Amor que vai
Num cavalo alado chamado brisa
Amor que vem
Num galope rasgado na beira-mar
Amor maltrata, deseja
Amor comendo a maçã
Amor é pura incerteza
O que será amanhã?

A casa amarela

Quantas horas inteiras passadas entre suas paredes, quantos momentos intensos divididos em seu interior, quantas refeições feitas a quatro mãos, quantas músicas ouvidas, quantos momentos de vã filosofia discutidos, enfim, quanta alegria cultivada junto ao pé de maracujá! Pra você me dizer que a casa já não é mais amarela...
Quer dizer pra eu parar de sentir saudades de tudo isso que construiu a nossa história, que ela - a história - já não existe mais, e nem a cor das paredes é a mesma! Tudo acabou...
Pra que insistir... Se pintar de novo já não será o mesmo amarelo, você não será mais o mesmo, a história será outra e o amor não será como um novo... Será um amor antigo com uma demão nova da mesma tinta amarela...
Era tão lindo aquele amarelo de antes...